quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

HEBREUS 11 - O QUE HÁ DE ESPETACULAR NESTE CAPÍTULO? - Por André Rodrigues



A aplicação tipológica à ótica do evangelho - no tocante a perspectiva de vivência e alcance das promessas pela fé - exposta a nós como exemplo deixados pelos chamados heróis da fé no capítulo onze da anônima epístola aos hebreus, detalha com perfeição, reais situações de vivência dos cristãos neste mundo nos dias hodiernos e vai mais além quando se extrai a percepção de que eles morreram esperando a promessa e nós somos uma geração de participantes dos dias que eles, por certo, desejaram participar (cf. Hb 11).
Para nossa satisfação, sabemos que a peregrinação dos que creem sob a perspectiva bíblica e procuram viver piedosamente em Cristo é árdua, repleta de obstáculos e variadas oscilações às vezes inexplicáveis (vv Jo 16.33 / Fl 4.12-13 / II Tm 2.12). Estas verdades devem está bem claras e difundidas em nossa mente (cf. I Pe 3.15) e guardadas em nosso coração. O resultado de todos os obstáculos da peregrinação é adentrar ao céu de glórias, morada do Deus altíssimo, onde acreditamos por Cristo, ter acesso a esta esperança (cf. Jo 3.16 / Jo 14.6 / Tt 2.11-15 / Ap 3.11-13). Desta maneira, o exercício com primazia entre as nossas prioridades da vivência pela fé - sem deixar de fazer uso da ferramenta intelectual - deve, sob minha percepção ser encarada como sinônimo de crescimento espiritual. Quando isso ocorre - supõe-se que - o indivíduo cristão entende claramente que somente Deus é capaz de transformar a mais insignificante e remota situação em consequência positiva, como nos mostra as escrituras quando diz que ele: "[...] chama as coisas que não são como se já fossem (cf. Rm 4.17). Entretanto, vale salientar que os exemplos citados configurando, dentro da tipologia, situações que podem ser correlatas as atuais, refletem apenas aos que comungam da mesma esperança e da mesma fé, ou seja, os que procuram viver em busca desta tão maravilhosa promessa. Digo, aos que creem para ser mais exato. Esta prerrogativa não é de exclusão ou de particularidade para este ou aquele grupo especialmente, mas o acesso à Deus está posto pela fé - pela busca - individual. No texto em apreço é possível observar em primeiro lugar que sem fé é impossível agradar à Deus e segundo, o texto enfatiza que aquele que se aproxima de Deus deve crer que ele existe (exercício da fé) e que é galardoador (distribuidor de dádivas e maravilhas) daqueles que o buscam (cf. Hb 11.6). Devemos ter em mente que todos os que são citados apresentaram erros e falhas em suas trajetórias - assim como nós mesmos apresentaremos na nossa - mas mesmo assim foram lembrados pelos seus atos. Nesta conjuntura, podemos afirmar que a fé exposta em Hb 11 além de quebrar todas as barreiras de acesso à Deus (vv 6); nos mantém firmes nos nossos propósitos; remetem-nos a uma esperança salvífica (cf. Rm 10.9) e principalmente, nos auxilia nos momentos mais complexos de nossas vidas. Então, ter em mente a responsabilidade da manutenção da mesma intensidade de fé, procurar exercer os mesmos moldes que nos foram apresentados pelos ilustres participantes da extraordinária lista - observando as vossas histórias individuais - são, sem exageros, requisitos necessários a uma conduta saudável na caminhada com o Senhor.

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