Sem dúvida, dízimos e ofertas é um
assunto de importância sui generi. Diversas são as especulações
quando o que está em pauta é a doação de algo. No Pacto passado era prática
comum – o exercício – de ofertas e dízimos. Setecentos anos antes da
instituição da lei mosaica propriamente dita, Abrão depois da batalha com os
reis, deu dízimo dos despojos ao sacerdote-rei de Salém, Melquisedeque, que por
sua vez, era reconhecido como Sacerdote do Deus-Altíssimo (cf. Gn 14.18-20).
As ofertas alçadas – voluntárias – eram
depositadas tanto quanto os dízimos, para fins específicos. Halley acentua que
havia naquela dispensação pelo menos três tipos característicos de dízimo: “[...]
o dízimo levítico, o dízimo para as festas e, de três em três anos os dízimos
para os pobres” (2001, p. 132). “A décima parte dos produtos da terra e do
aumento dos rebanhos e das manadas devia ser dada a Deus; é isto que é chamado
de dízimo (Gn 14.20; 28.22; Lv 27. 30-32; Nm 18.21-28 etc.)” (HALLEY, 2001, p.
131).
Na dispensação neotestamentária a
situação não é mais derivada de leis cerimoniais, a contribuição dos dízimos e
das ofertas – agora – parte do pressuposto da fé. Uma conscientização na igreja
local, no tocante, ao ato de dizimar e ofertar com a finalidade de cooperar com
reino de Deus, de modo financeiro – quero com isso dizer – cuidar das
necessidades básicas comuns de nossa realidade hodierna. É importante salientar
que ainda hoje em determinados lugares, as ofertas e os dízimos configura-se no
mesmo modus operandi da realidade passada, como no caso de algumas das igrejas
da África, por exemplo, que trazem a décima parte de vossa colheita. Aqui, por questão de condição e não de cerimonialismo veterotestamentário.
Estas contribuições voluntárias dos
dízimos e das ofertas na visão do Novo Testamento são respaldadas à luz da
Bíblia. Diversos exemplos de comportamento, no tocante, a contribuição nas
igrejas, são largamente observados principalmente nas cartas do apóstolo Paulo.
Nesta conjuntura é comum a percepção de que quase todas as epístolas escritas
por Paulo, nasceram da “necessidade de”,
enquanto ao escrever aos Filipenses, o apóstolo muda o cenário e emprega o “agradecimento a”. Reporto-me ao exemplo
destes últimos crentes, por haver naquela epístola agradecimento do apóstolo
quanto a contribuição voluntária, tanto para a igreja de Jerusalém, que havia
ficado em situação difícil depois de venderem suas propriedades à espera da
iminente volta de Jesus, como também, para o sustento do próprio apóstolo, como
gratidão a todos os benefícios que este os haviam feito. Assim diz o texto:
“Todavia fizeste bem em tomar parte na minha aflição. E bem sabeis também vós,
ó filipenses, que, no princípio do evangelho, quando partir da Macedônia,
nenhuma igreja comunicou comigo com respeito a dar e a receber, senão vós
somente. Porque também, uma e outra vez, me mandaste o necessário a
Tessalônica. Não que procure dádivas, mas procuro o fruto que aumente a vossa
conta. Mas bastante tenho recebido e tenho abundância; cheio estou, depois que
recebi de Epafrodito o que da vossa parte me foi enviado, como cheiro
de suavidade e sacrifício agradável e aprazível a Deus”. (Fl 4.14-18 - ARC).
A frase destacada nos mostra que tal ato tem a sua relevância na teologia do
Novo Testamento. Ademais, quanto as contribuições – unicamente pela fé – pode-se
afirmar que reflete não somente em dar de modo regulamentar – de forma mecânica
– mas, para os que fazem entendendo a importância real da mordomia cristã compreende
cabalmente que se trata de uma responsabilidade local, eclesiástica, e por fim
haverá de ser sacrifício em que Deus se agrada.
Que Deus continue usando você irmão André Rodrigues e que continues a ser um instrumento de Deus em nossas vidas!! Como somos enrriquecidos em nosso cinhecimento nas escrituras sagradas ao acessar seu blog.. Deus te abençoe juntamente com toda sua família.. para sua meditação: Dn.cap12,v13a.
ResponderExcluirAmém querido. Deus te abençoe sempre.
ResponderExcluir