segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
O FENÔMENO DA TIPOLOGIA - Por André Rodrigues
Temos o fenômeno da tipologia quando “[...]
fatos e pessoas que, no Antigo Testamento, antecipavam o que ocorreria durante
o ministério, paixão, morte e ressurreição de Cristo Jesus” (ANDRADE, 2007,
p.346). O tipo constitui-se literalmente em estudar “fato ou personagem do AT
considerado como símbolo dos fatos ou personagens do NT” (BOYER, 2006, p. 645).
Na definição de Bento:
O
termo grego typos, da qual se deriva
a palavra “tipo”, aparece com diversos significados nos vários textos do Novo
Testamento: sinal (Jo 20.25), modelo (Hb 8.5; At 7.44; Rm 5.14; I Pe 5.3)[...],
exemplo [modelo] (I Co 10.6; I Ts 1.7; I Pe 5.3), padrão (I Tm 4.12; Tt 2.7).
Literalmente o termo significa uma marca visível deixada por algum objeto. Daí
a marca deixada na história ou natureza do antítipo (2005, p. 226).
Em hermenêutica[1], tipo faz parte do estudo dos métodos
literários especiais no qual se destacam também profecia e literatura
apocalíptica (VIRKLER, 2007, p. 141). Entretanto, em concordância com Bento na explicação
do termo, Virkler diz que “a palavra grega tupos,
da qual se deriva a palavra tipo, tem
uma variedade de denotações no Novo Testamento” (IBIDEM), mostrando, com isso,
que esta palavra é usada com diversos significados no decorrer do Novo Testamento.
Virkle aponta que:
[...]
tipo é uma relação representativa preordenada que certas pessoas, eventos e
instituições têm com pessoas, eventos e instituições correspondentes, que
ocorrem numa época posterior na história da salvação. [...] A tipologia
baseia-se na suposição de que há um padrão na obra de Deus através da história
da salvação. Deus prefigurou sua obra redentora no Antigo Testamento, e
cumpriu-a no Novo; o Antigo Testamento contém sombras de coisas que seriam
reveladas de modo mais pleno no Novo. As leis cerimoniais do Antigo Testamento,
por exemplo, demonstravam aos crentes daquela época a necessidade de expiação
por seus pecados: essas cerimônias apontavam para o futuro, para a expiação
perfeita a realizar-se em Cristo. A prefiguração é chamada tipo; o cumprimento chama-se antítipo
(2007, p. 141, 142).
Coenen e Brown ressaltam que, no AT “na LXX typos ocorre somente em 4 lugares”.
Enquanto no NT “[...] é achado 14 vezes, mas sem deixar qualquer ênfase
especial discernível nos escritos individuais” (2000, p. 2517). Entendemos,
portanto, que a representatividade do termo tipo é singular, porque, além de
sistematizar e apontar os futuros eventos, tem a capacidade de abrangência nas
aplicações sinônimas, objetivando variados usos, de acordo com a necessidade do
emprego.
Neste
trabalho, cabe a tipologia cristocêntrica através dos personagens, ou seja,
aquela que se relaciona diretamente com pessoas que tipificaram o Cristo. Para uma
compreensão mais ampla dessa tipologia, há necessidade de uma breve análise
geral.
Artigo extraído de: RODRIGUES, André. O Tríplice Ofício de Cristo: Profeta, Sacerdote e Rei. 2011, Editora Nossa Livraria - PE
A póxima postagem será sobre A Tipologia do Cristo.
[1] Andrade define como sendo
derivado do gr. hermeneutikós, que
significa intérprete, e diz ainda que se trata da ciência que tem por objetivo
descobrir o verdadeiro significado de um texto (2007, p. 210).
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
A MANIFESTAÇÃO DA UNÇÃO - Por André Rodrigues
Uma
vez definida a diferença das aplicações dos termos Cristo e Messias, e estando
cientes de que ambas as palavras significam Ungido nos diferentes idiomas, convém
apenas mostrar a importância atribuída à unção nos principais ofícios
veterotestamentários, bem como nos objetos sagrados usados no serviço cultual para
Deus. Sabemos que o Antigo Testamento apenas apontava para um futuro no qual os
fatos seriam perfeitamente concretizados. Sendo assim, vamos analisar os variados
aspectos da unção relacionados à pessoa de Jesus, principalmente o referente ao
Seu ministério messiânico.
O derramamento
ou simplesmente a aspersão do azeite sobre uma pessoa ou objeto era um costume
muito antigo nas práticas de diversas culturas. Fora de Israel, por exemplo,
diz Champlim que: “[...] o azeite, uma substância empregada na cozinha, na
iluminação, nas lavagens [...], na medicina ou na cosmetologia, também era e
continua sendo empregado nos ritos religiosos” (1995, vol. 4, p. 241). É
curioso notar que há uma diversidade de usos importantes do azeite e uma
estreita relação com a religiosidade neles. Champlin destaca ainda a
importância do azeite:
[...] Talvez a sua associação às curas tem
sido o grande motivo que levou o azeite a ser usado nas unções dos enfermos. O
Dicionário Clássico de Oxford informa-nos que o uso cúltico do azeite é uma das
mais antigas práticas de que os homens têm notícia.
Sabe-se que as estátuas dos deuses eram ungidas
no Egito, na Babilônia, em Roma e em outros países da antiguidade. O azeite era
usado nas purificações rituais. [...] Talvez a unção fosse praticada no caso
dos reis por que esse ofício era mesclado com o do sacerdócio, perfazendo assim
uma espécie de sinal divino das funções reais, tendo em vista interesses tanto
políticos quanto religiosos. O uso da unção, quando da consagração dos
sacerdotes, era uma prática comum em muitas das culturas antigas (IBIDEM).
quarta-feira, 4 de julho de 2012
QUAL A DIFERENÇA ENTRE AS PALAVRAS CRISTO E MESSIAS - Por André Rodrigues
Entendemos que, a partir deste momento,
faz-se necessário tratarmos acerca da etimologia das palavras Cristo e Messias
de forma mais profunda. É notória a aparente diferença entre esses termos. Não
é comum para nós o uso do segundo, em relação ao primeiro. Porém ambos os termos
possuem o mesmo significado, só que em idiomas diferentes. Cristo é a forma grega de Messias,
que provém do aramaico e hebraico. Na prática, a real diferença está ligada a
sua aplicação. A expressão Christos,
traduzida na LXX no Antigo Testamento, é entendida como “aquele que fora ungido”.
A mesma palavra no Novo Testamento aplica-se a Jesus, o Filho de Deus, como um
adjetivo, qualificando-o como O Ungido por excelência. Já a palavra Messias, usada no Antigo Testamento, é assim definida pelo
escritor:
[...]
palavra, usada como o título oficial da figura central da esperança judaica, é
um produto do judaísmo posterior. Seu uso, naturalmente é validado pelo NT, mas
o termo se encontra apenas por duas vezes no AT (Dn 9.25,26) (DOUGLAS, Et all, 2006,
p. 860, 861).
terça-feira, 22 de maio de 2012
QUE INFORMAÇÃO OBTEMOS DO TERMO CRISTO - Por André Rodrigues
É maravilhoso tratar de
Cristologia, porque ela possibilita um encontro bem particular com o personagem
central do Cristianismo - Jesus Cristo. Nesta primeira seção, será retratado
todo o contexto acerca de definições do termo Cristo, sua relação com outros
termos, como se realizava a unção, como era o cenário do Antigo Testamento em
relação ao Messias, suas manifestações, com destaque à tipologia, que se
constitui em parte importante para a interpretação das Escrituras. Por último,
a vinda Dele a este mundo no momento propício estabelecido por Deus, conhecido
como a “Plenitude do Tempo”.
1.1. Definição etimológica
Em língua portuguesa, o
estudo da origem das palavras define-se como etimologia, que de acordo com
Aurélio, averigua, entre outras coisas, a história e as mudanças dos significados
de uma palavra de acordo com a época. Etimologicamente, a palavra Cristo tem
significado particular. Isso é possível porque não há constantes variações nos
idiomas hebraico e grego, dos quais o termo se deriva. É basicamente impossível
haver discordância entre os expoentes de léxicos. Entretanto, pode haver
mudanças nos vocábulos, mantendo-se unânimes no sentido e na aplicação.
Na definição de Champlin, a
palavra Cristo é a:
[...]
Transliteração do adjetivo verbal grego, Christós,
que significa ungido. Essa palavra hebraica, por sua vez traduz o termo
hebraico mashiach, que tem o mesmo
sentido. Essa palavra hebraica foi absorvida pelo grego sob a forma modificada
de messias, conforme se vê em João
14:1[1] e 4:25. É daí que vem a
palavra portuguesa Messias. [...] O termo Messias através de sua tradição
grega, e, daí, para o português, tornou-se parte integrante do nome de Jesus,
pois ele é Jesus, o Cristo, ou então, o Senhor Jesus Cristo, ou o Filho, Jesus Cristo, que é nosso Senhor
(1995, vol. 1, p. 977).
Nota-se que o estudioso acima teve a preocupação de mostrar a raiz
desta palavra inicialmente trazendo a informação do grego e, posteriormente,
fazendo menção ao seu uso. Contudo, a idéia de Cristo, ou seja, a idéia de Messias,
é melhor contextualizada no aramaico e hebraico, como expõem Coenen e Brown:
“Cristo” é derivado através do Lat. Christus, do Gr. Christos, que, na LXX[2] e no NT é o equivalente
gr. do Aram. mesiha. Essa palavra,
por sua vez, corresponde ao Heb. masiah,
e denota uma pessoa que foi cerimonialmente ungida para um cargo [...]. A transliteração
gr. de mesiah é Messias, que [...]
ocorre apenas duas vezes no NT gr., somente em Jo 1:41,4:25. Em ambas as
ocasiões, refere-se a Jesus de Nazaré. A LXX não emprega a palavra estrangeira
mas, assim como no NT (excetuando-se as passagens supra mencionadas), emprega
com consistência a palavra gr. correspondente. Não foram, portanto, os cristãos
os primeiros a cunharem esta palavra. Ao empregá-la no NT, os autores e suas
formas literárias estavam adotando, sem dúvida alguma, uma palavra e um
conceito que já estavam disponíveis e em uso corrente no período pré-cristão.
Esta situação é evidenciada pelos escritos veterotestamentários apócrifos e
pseudepígrafos[3],
entre outros (2000, p. 1079).
As definições acima deixam
evidentes que o emprego dessa palavra é particular àquele que é Ungido, termo
comumente encontrado nos escritos canônicos veterotestamentários. Desta forma,
explica Vine na segunda parte de sua obra que define o significado de algumas
palavras gregas:
Chistos (cristoV), “ungido”, traduz, na Septuaginta, a palavra
“Messias”, termo aplicado aos sacerdotes
que eram ungidos com óleo santo, particularmente o sumo sacerdote (por exemplo,
Lv 4.3,5,16). Os profetas são
chamados hoi christoi theou, “os
ungidos de Deus” (Sl 105.15). Um rei de
Israel foi descrito em certa ocasião como christos
tou kuriou, “o ungido do Senhor” (1 Sm 2.10,35; 2 Sm1.14; Sl 2.2; 18.50; Hc
3.13); o termo é usado até para se referir a Ciro (Is 45.1).
O título ho christos, “o
Cristo”, não é usado acerca de Cristo na versão Septuaginta dos livros
inspirados do Antigo Testamento [...] (2004, p. 522, grifo meu).
Contudo, na aplicação do
Novo Testamento, a palavra Cristo refere-se a Jesus. Ele é o Ungido por
excelência. Cristo é o “Título oficial de Jesus, o qual lhe foi conferido pelo
próprio Deus (At 1.16). [...] Evoca-lhe ainda o tríplice ofício: profeta,
sacerdote e rei” (ANDRADE, 2007, p. 122). Assim também descreve Boyer, numa
breve citação: “Cristo, do gr., Ungido, e do heb., Messias: O Cristo quer
dizer o Ungido” (2006, p. 184, grifos do autor).
Vine nos informa detalhes
da utilização do termo no contexto neotestamentário. Segundo ele, a palavra não
é usada estritamente como título:
[...]
No Novo Testamento, a palavra é usada muitas vezes com o artigo, referindo-se
ao Senhor Jesus, como apelativo em vez de título (Lc 2.11; 23.2; Jo 1.41). Três
vezes o título foi expressamente aceito pelo próprio Senhor (Mt 16.17; Mc
14.61,62; Jo 4.26).
É
acrescentado como apelativo ao nome próprio “Jesus” (por exemplo, Jo 17.3, a
única vez que o Senhor assim se referiu a Si mesmo; At 9.34; 1 Co 3.11; 1 Jo
5.6). É distintamente um nome próprio em muitas passagens, quer com o artigo
(por exemplo, Mt 1.17; 11.2; Rm 7.4; 9.5; 15.19; 1 Co 1.6), quer sem o artigo
(Mc 9.41; Rm 6.4; 8.9,17; 1 Co 1.12; Gl 2.16). O título Christos é as vezes usado sem o artigo, e significa o Único que pelo Espírito Santo e poder
habita nos crentes e molda o caráter deles de conformidade com a Sua semelhança
[...] (2004, p. 522, grifo meu).
Dessa forma, concluímos que a palavra Cristo (do aramaico Mesiah, do hebraico Masiah, do grego Christós,
do latim Christus e em português Messias) ficou bem delineada (COENEN;
BROWN, 2000, p. 1079).
1
É necessário
evidenciar que o editor da obra usada na referência citou, de modo equivocado,
João 14.1, para explicar que a “palavra hebraica foi absorvida pelo grego sob a
forma modificada de messias”, quando
deveria ter utilizado a passagem de João 1.41 que, de fato, corrobora com a
explicação precedente.
[2]
Durante o reinado de
Ptolomeu II Filadelfo (um rei egípicio), os judeus receberam privilégios
políticos e religiosos totais. Também foi durante este período que o Egito
passou por um tremendo programa cultural e educacional [...] neste programa
inclui-se a fundação do museu de Alexandria e a tradução das grandes obras para
o grego. Entre as obras que começaram a ser traduzidas para o grego, nessa
época, estava o Antigo Testamento hebraico. [...] Os líderes do judaísmo em
Alexandria produziram uma versão modelar do Antigo Testamento em língua grega
conhecida pelo nome de Septuaginta (LXX),
palavra grega que significa setenta. Embora esse termo se aplique estritamente
ao Pentateuco, que foi o único trecho
da Bíblia hebraica que se traduziu totalmente durante o tempo de Ptolomeu
Filadelfo, essa palavra viria a denotar a tradução para o grego de todo o
Antigo Testamento (GEISLER; NIX, 2006, p. 195,196).
[3] Durante os séculos II e III,
numerosos livros espúrios e heréticos surgiram e receberam o nome de pseudepígrafos, ou escritos falsos.
Euzébio os chamou de “totalmente absurdos e ímpios” (GEISLER; NIX, 2006, p.
110).
Artigo extraído de: RODRIGUES, André. O Tríplice Ofício de Cristo: Profeta, Sacerdote e Rei. 2011, Editora Nossa Livraria - PE
terça-feira, 13 de março de 2012
O BEZERRO NAS ESCRITURAS
BEZERRO, עגל.
O filhote da espécie do boi. Há menção freqüente na Escritura de
bezerros, porque comumente se faziam uso deles nos sacrifícios. O “bezerro cevado,”
mencionado em vários lugares, como em 1Sm 28.24, e Lc 15.23, era
engordado em estábulo, com especial referência a um festival particular
ou sacrifício extraordinário. Os “novilhos dos nossos lábios,”
mencionados em Os 14.2, significam os sacrifícios de louvor que os
cativos da Babilônia dedicavam a Deus, não estando mais em condições de
oferecer sacrifícios em seu templo. A Septuaginta traduz como “frutos dos lábios;” e sua leitura é seguida pela Síriaca, e pelo apóstolo aos Hb 13.15.
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
A RELEVÂNCIA DOS DÍZIMOS E OFERTAS A LUZ DA TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO - Por André Rodrigues
Dízimos e ofertas é um assunto de importância
sui generi. Diversas são as
especulações quando o que está em pauta é a doação de algo. No Pacto passado
era prática comum a de ofertas e dízimos. Setecentos anos antes da instituição
da lei mosaica propriamente dita, Abrão depois da batalha com os reis, deu
dízimo dos despojos ao sacerdote-rei de
Salém, Melquisedeque, que por sua vez, era reconhecido como “Sacerdote do
Deus-Altíssimo”. As ofertas alçadas, ou seja, voluntárias, eram depositadas
tanto quanto os dízimos, para fins específicos. Halley acentua que havia
naquela dispensação pelo menos três tipos característicos de dízimo: “o dízimo
levítico, o dízimo para as festas e, de três em três anos os dízimos para os
pobres” (2001, p. 132). “A décima parte dos produtos da terra e do aumento dos rebanhos
e das manadas devia ser dada a Deus; é isto que é chamado de dízimo (Gn 14.20;
28.22; Lv 27. 30-32; Nm 18.21-28 etc.)” (HALLEY, 2001, p. 131).
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
PAGANISMO E POLITEÍSMO
A cristianização da sociedade romana, após o
edito de Milão no ano 313, fez com que as religiões politeístas ficassem
restritas às pequenas aldeias rurais que eram chamadas de "Pagus".
Desde então os cristãos passaram a chamar de pagãos a todos aqueles que
ainda conservavam o politeísmo.
Em seu verdadeiro sentido, o termo paganismo designa
as religiões politeístas (religiões que adoram vários deuses e
divindades) e seu modelo cultural.
O termo pagão surgiu nos últimos tempos do Império Romano, mas o conceito em que se baseia provém do judaísmo.
Os hebreus estabeleciam uma nítida divisão entre o
povo Judeu (eleito por Deus para receber os mandamentos), e os gentios,
que posteriormente seriam denominados pagãos. A distinção não era étnica
ou política, mas fundamentalmente religiosa; os gentios eram "os povos
que não conhecem Jeová". O povo de Israel era o depositário das
promessas de Deus, mas as nações poderiam também alcançar essas
promessas com o ingresso na comunidade religiosa de Israel. O judaísmo
alexandrino foi particularmente aberto nesse sentido, como mostra a
tradução grega da Bíblia.
Os primeiros cristãos herdaram dos judeus a idéia de que a salvação estava reservada aos que pertenciam ao povo de Deus, mas na medida em que se estenderam pela Anatólia, Grécia e Roma, acentuaram o sentido religioso dessa pertinência. "Os que são pela fé, são filhos de Abraão" escreveu aos gálatas Paulo, que se proclamava apóstolo dos gentios, enviado para evangelizar as nações -- porque os caminhos de Deus levariam à salvação final de todas elas, reunidas com Israel no povo de Deus.
Por extensão, o termo paganismo se aplica também ao estilo de vida das pessoas que não aceitam a existência de um único Deus criador de todas as coisas, cujo paradigma pode ser a sociedade greco-romana e, de certo modo, algumas sociedades que emergiram após os movimentos renascentistas. Essa "religião dos pagãos" - segundo a expressão do historiador hispânico Paulo Orosio (século V) - caracteriza-se por conceber deuses segundo o padrão, necessidades e desejos humano. Deuses sujeitos às mesmas vicissitudes, paixões e fraquezas de homens e mulheres. Deuses sem coerência teológica ou norma moral bem definida e objetiva.
No Brasil, também chama-se pagão todo aquele que não foi batizado.
Artigo extraído de http://www.renascebrasil.com.br/f_paganismo2.htm
domingo, 1 de janeiro de 2012
O QUE QUER DIZER MALDITO?
MALDITO,
nas Escrituras, significa aquilo que é separado ou dedicado. Com
relação a pessoas, denota o isolamento ou separação de alguém da
comunhão da igreja, do número dos vivos, ou dos privilégios da
sociedade, e também a dedicação de um animal, cidade, ou outra coisa à
destruição. Anátema era uma espécie de excomunhão
entre os judeus, e era freqüentemente praticada após terem perdido o
poder da vida e da morte, contra aqueles que, de acordo com a lei
mosaica, tinham que ter sido executados. Um criminoso, depois que a
sentença de excomunhão era pronunciada, se tornava anátema,
e eles tinham uma firme convicção de que a sentença não seria em vão,
mas que Deus interferiria para punir o ofensor de uma maneira similar à
pena da lei de Moisés. Um homem, por exemplo, que a lei condenava que
fosse apedrejado, seria, criam eles, morto pela queda de uma pedra sobre
ele. Um homem a ser enforcado seria sufocado. E alguém que a lei
sentenciava às chamas, seria queimado em sua casa, etc. Maranata, um palavra siríaca, que significa venha Senhor,
foi acrescentada à sentença, para expressar sua convicção de que o
Senhor Deus viria vingar-se dessa culpa que eles, em suas posições, não
tinham o poder de punir, 1Co 16.22.
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