Dízimos e ofertas é um assunto de importância
sui generi. Diversas são as
especulações quando o que está em pauta é a doação de algo. No Pacto passado
era prática comum a de ofertas e dízimos. Setecentos anos antes da instituição
da lei mosaica propriamente dita, Abrão depois da batalha com os reis, deu
dízimo dos despojos ao sacerdote-rei de
Salém, Melquisedeque, que por sua vez, era reconhecido como “Sacerdote do
Deus-Altíssimo”. As ofertas alçadas, ou seja, voluntárias, eram depositadas
tanto quanto os dízimos, para fins específicos. Halley acentua que havia
naquela dispensação pelo menos três tipos característicos de dízimo: “o dízimo
levítico, o dízimo para as festas e, de três em três anos os dízimos para os
pobres” (2001, p. 132). “A décima parte dos produtos da terra e do aumento dos rebanhos
e das manadas devia ser dada a Deus; é isto que é chamado de dízimo (Gn 14.20;
28.22; Lv 27. 30-32; Nm 18.21-28 etc.)” (HALLEY, 2001, p. 131).
Na
dispensação neotestamentária a situação não é mais derivada de leis
cerimoniais, a contribuição dos dízimos e das ofertas, agora, parte do
pressuposto da fé, ou seja, existe uma conscientização na igreja local, no
tocante, ao ato de dizimar e ofertar, com o intuito de cooperar com reino de
Deus, de modo financeiro. Quer dizer, cuidar das necessidades básicas comuns de
nossa realidade hodierna. É importante salientar que ainda hoje em determinados
lugares, as ofertas e os dízimos refletem uma realidade passada, como no caso
de algumas das igrejas da África, por exemplo, que trazem a décima parte de
vossa colheita.
Estas
contribuições voluntárias dos dízimos e das ofertas na visão do Novo Testamento
são respaldadas à luz da Bíblia. Diversos exemplos de comportamento, no
tocante, a contribuição nas igrejas, são largamente observados principalmente
nas cartas do apóstolo Paulo. Certo teólogo disse que quase todas as epístolas
escritas por Paulo, nasceram da “necessidade de”, enquanto ao escrever aos
Filipenses, o apóstolo muda o cenário e emprega o “agradecimento a”. Reporto-me
ao exemplo destes últimos crentes, por haver naquela epístola agradecimento do
apóstolo quanto à contribuição voluntária, tanto para a igreja de Jerusalém,
que havia ficado em situação difícil depois de venderem suas propriedades à
espera da iminente volta de Jesus, como também, para o sustento do próprio
apóstolo, como gratidão a todos os benefícios que este os haviam feito. Disse o
apóstolo: “Todavia fizeste bem em tomar parte na minha aflição. E bem sabeis
também vós, ó filipenses, que, no princípio do evangelho, quando partir da
Macedônia, nenhuma igreja comunicou comigo com respeito a dar e a receber,
senão vós somente. Porque também, uma e
outra vez, me mandaste o necessário a Tessalônica. Não que procure dádivas, mas
procuro o fruto que aumente a vossa conta. Mas bastante tenho recebido e tenho abundância;
cheio estou, depois que recebi de Epafrodito o que da vossa parte me foi
enviado, como cheiro de suavidade e
sacrifício agradável e aprazível a Deus”. (Fl 4.14-18 ARC, grifo meu).
A
frase destacada sem dúvidas tem a sua relevância na teologia do Novo
Testamento, quanto às contribuições, que refletem não somente em dar de modo
regulamentar de maneira mecânica, mas para os que fazem, entendendo a
importância real da mordomia cristã, sabe que se torna em sacrifício que Deus
se agrada.
André Rodrigues - Seu servo, servo de seu servo e servo de Seu Senhor!
Kharis kai eirene
ResponderExcluirIrmão André, e quanto a obrigação nas denominações de ser dizimista como elemento necessário à consagração do obreiro?
Esdras
Pr. Esdras,
ResponderExcluirPaz do Senhor!
Entendo precisamente que todo obreiro com a devida chamada ministerial não terá nenhuma dificuldade em cooperar neste sentido, entretanto, não acredito que obrigação faça parte dos princípios relacionados ao fim.
Caro irmão! a problematica hoje é que isso saiu dos fundamentos biblico e tornou-se meio de vida para muitos ditos "homens de Deus". Infelizmente o que vermos hoje é algo totalmente absurdo com relação ao dízimo.
ResponderExcluirIrmão e amigo Jefferson,
ExcluirPaz do Senhor!
Conheço sua opinião em relação a este assunto e sua indignação é plausível, contudo, há de convir que esses abusos são deliberadamente praticados pelas igrejas neopentecostais, aderentes da teologia da prosperidade.
Hoje, infelizmente é possível ver alguns homens que outrora combatera este comportamento, envolvidos na mesma. Oremos para que nossos líderes não se voltem a este erro.
vou fazer minha monografia sobre DIZIMO NA IGREJA ATUAL. quais as bibliografias que me recomenda?
ResponderExcluirPr. André à teologia da prosperidade é severamente criticada por diversos cristãos de várias denominações, e se o senhor permitir quero citar um dos que outrora combateu tal ensino... o Pr. Silas Malafaia... poucos o apoiaram por sua defesa da família, e por sua desassombrada oposição a o gayzismo e a PLC 122, que quer acabar com os valores cristãos. Ninguém socorreu o Marcos Feliciano quando ele estava sob intensa pressão dos gayzistas e abortistas na CDH. O mesmo pediu ajuda á ANAJURE e recebeu um sonoro NÃO. Quer dizer... valores cristãos estão abaixo de divergências teológicas? À então candidata "cristã" à presidencia Marina Silva não o apoiou e ainda o chamou de "despreparado." E a marxista e satânica TMI( teologia da missão integral) que já domina quase toda cristandade brasileira e silencia milhões de pregadores... e se vê incomodadíssima com à teologia da prosperidade. Com muitos "teólogos" liberais pró gayzismo e pró abortismo... "teólogos" que tem amplo espaço na ULTIMATO E NA CRITIANISMO HOJE. Um abraço!
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