terça-feira, 29 de dezembro de 2015

CONCÍLIO DE NICÉIA II, EM 787 - COMO FOI? - Por André Rodrigues


Nicéia II – (24/09 a 23/10 de 787) a história da teologia oriental bizantina chegou ao auge de tensão, conflito e resolução com a grande controvérsia inconoclasta do século VIII. O herói ortodoxo desse episódio histórico é João Damasceno. A resolução acha-se num concílio final, que completou o processo da tradição autoritária da ortodoxia oriental em 787, com a declaração de que imagens santas - ícones - não devem ser rejeitadas mas, de fato, usadas no culto cristão. João passou a justificar o uso de ícones na adoração ao fazer a distinção sutil, porém, importante, entre a adoração propriamente dita de uma pessoa ou objeto e a mera veneração – um certo respeito por alguma ciosa, por ser dedicada a Deus e permeada por sua energia espiritual. A adoração absoluta, que João designou pela palavra grega latria, só pode ser prestada a Deus, ao passo que a proskynesis, ou reverência, pode ser prestada às santas imagens por que são canais sacramentais da energia divina. A maneira de João enxergar os ícones afetou profundamente o segundo Concílio de Nicéia em 787, que foi o sétimo concílio ecumênico, segundo a ortodoxia oriental. Os bispos ali reunidos decidiram pela condenação dos inconoclastas ([Do gr. eikonoklástes.] Diz-se de que destrói imagens ou ídolos; pessoa que não respeita as tradições, a quem nada parece digno de culto ou reverência.) “Anátema aos que não saúdam [veneram] as imagens santas e veneráveis. Anátema aos que chamam de ídolos as imagens sagradas”.


Principal Decisão:
Contra os inconoclastas: Há sentido e liceidade na veneração de imagens;


BIBLIOGRAFIA: História da Teologia Cristã Roger Olson Ed. Vida
Dicionário Teológico Claudionor Corrêia de Andrade CPAD
Dicionário de Aurélio B. H. F. (edição virtual)

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