sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

ARCA DA ALIANÇA




A arca da aliança era o móvel mais importante do tabernáculo do deserto. O tabernáculo era a tenda ou lugar de encontro entre Deus e o homem. O Senhor ordenou a Moisés que o construísse (Êxodo 25:10-22). A palavra para arca também pode ser "cofre" (II Reis 12:9-10) ou "caixão" (Gênesis 50:26). Não é a mesma palavra usada para a "arca" de Noé. A arca que Moisés encomendou a Bezalel era de madeira de acácia (Êxodo 31:1-5; Êxodo 37:1-9). A arca media aproximadamente 114x69x69cm. Era inteiramente recoberta por ouro. As varas deslizavam por seus dois pares de argolas para facilitar o transporte. Era usada como receptáculo das duas tábuas da aliança dadas a Moisés (Êxodo 25:16). As tábuas eram também chamadas o "testemunho". Por isso, era algumas vezes denominada a "arca do testemunho". Um pote de maná era colocado na arca. Maná era o alimento miraculoso provido por Deus (Êxodo 16:33). A arca também continha a vara de Arão que germinou (Números 17:10; Hebreus 9:4).

O propiciatório da arca era chamado o "santo lugar" ou "lugar de graça" (Êxodo 25:17). Era uma peça de ouro localizada no topo da arca, que tinha importância peculiar. Uma vez por ano o sumo-sacerdote fazia expiação de pecados pelo povo de Israel, quando espargia o santo lugar com o sangue de touros e de cabras (Levítico 16:2-16). O propiciatório era chamado "lugar" porque Deus era entronizado entre dois querubins (seres alados, Salmo 99:1). O Senhor estava entre os dois querubins quando falou a Moisés (Números 7:89).

Chamada simplesmente de arca (Êxodo 37:1; Números 3:31), outras vezes de "arca da aliança" (Números 4:5; Josué 4:16). Os israelitas eram dessa forma lembrados que a santidade da arca derivava da santa lei de Deus que ocupava seu interior. Esse nome também mostrava aos israelitas que precisavam seguir os mandamentos que Deus lhes dera na Sua "aliança".

Deus resgatou Israel da escravidão no Egito e prometeu ser o Onipresente Deus do Seu povo (Êxodo 6:6-7). Daí, ser conhecida como a "arca da aliança". Algumas vezes aquele nome se estendia para "a Arca da aliança de Deus" (I Crônicas 28:18).

Às vezes era chamada "a arca de Deus". Era um sinal claro de que o Deus invisível habitava no meio de Israel. Possuía "santidade" devastadora e freqüentemente mortal. O povo de Bete-Semes foi severamente punido porque não a tratou com o devido respeito (I Samuel 6:19). Um homem chamado Uzá foi morto pelo Senhor quando, querendo protegê-la de cair de cima de um carro de bois, tocou-a com sua mão. Era perigoso tocar a arca, pois era o símbolo da presença de Deus. Por este motivo ordenou que fosse colocada no lugar "Santo dos Santos". Deveria ser separada do resto do tabernáculo por uma pesada cortina (Êxodo 26:31-33); Hebreus 9:3-5). Nenhum pecador poderia ver a glória de Deus sobre a arca e permanecer vivo. (Levítico 16:2).

HISTÓRIA

Quando os israelitas se deslocaram do Monte Sinai para Canaã, a arca os acompanhou na viagem pelo deserto, com a finalidade de relembrá-los constantemente da santa presença de Deus. Os métodos de embalar e transportar os objetos sagrados foram cuidadosamente descritos (Números 4). O relacionamento de Deus com a arca era tão intenso que a arca parecia estar "viva". Era como se tivesse formato humano (Números 10:33-36).

A arca desempenhou claramente um importante papel durante a viagem no deserto. Um grupo de israelitas se rebelou e tentou invadir Canaã. Nem a arca nem Moisés foram com eles (Números 14:44). Como resultado, os rebeldes foram derrotados pelos inimigos. (Números 14:45). A arca teve um papel importante na travessia do Jordão (Josué 3:13-17, 4: 9-10), na conquista de Jericó (Josué 6:6-11) e na vida dos israelitas na sua nova terra. (Josué 8:33; Juízes 20:27). Não há nenhum cunho de uso supersticioso ou mágico na arca. Ao contrário, ela significava temor. Era o receptáculo do "testemunho" de Deus e a promessa da Sua presença.

FONTE: ILÚMINA

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

A SEITA DO PRINCÍPIO DO CRISTIANISMO

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"Gnosticismo" é o nome dado a um grupo de idéias religiosas relacionadas que eram populares nos primórdios do Cristianismo. Em geral, os gnósticos dizem possuir conhecimento que outros não têm e enfatizam o conhecimento em detrimento da fé. (A palavra grega gnosis significa "conhecimento".)

Os pontos de vista dos estudiosos da Bíblia a respeito de Gnosticismo sofreram algumas mudanças. Até meados do século XX, o Gnosticismo era considerado uma heresia cristã. Isto é, pensava-se ser uma distorção do Cristianismo produzida pela combinação da experiência cristã com a filosofia grega. Mais recentemente, entretanto, muitos estudiosos começaram a definir Gnosticismo de modo mais amplo, como uma visão religiosa que absorvia idéias de muitas tradições religiosas, não somente do Cristianismo. Os gnósticos tomaram termos religiosos e práticas de outros e os modelaram em seus próprios mitos sobre salvação através do conhecimento.

O Gnosticismo teve seu ápice de popularidade no século II DC, fazendo maiores incursões na igreja cristã. Líderes cristãos ativos naquele tempo viam o Gnosticismo como uma ameaça e argumentaram fortemente contra ele. É mesmo possível que alguns dos livros do Novo Testamento, escritos no primeiro século DC, são em parte reações contra as primeiras crenças do tipo-gnósticas (embora alguns estudiosos não pensem assim).

A batalha cristã contra o Gnosticismo pode ser um lembrete para nós da nossa luta incessante contra o falso ensinamento. As idéias realmente interessam e as idéias religiosas que vão contra o ensino bíblico são perigosas para o bem-estar espiritual das pessoas. Devemos cuidar para que nossa fé se alinhe com a Bíblia. Devemos ajudar outros a entender a verdade e evitar atalhos religiosos.

GNOSTICISMO COMO HERESIA

Embora o Cristianismo não fosse a única religião da qual os gnósticos absorviam as idéias, era certamente uma das principais. Os primeiros pensadores cristãos se apressavam em reconhecer a natureza herética do Gnosticismo e a reagir a ele. No entanto, antes do século XX, a maioria da informação disponível sobre os gnósticos vinham dos primeiros escritores cristãos que condenavam os gnósticos (e no processo descreviam algumas das crenças e práticas).
Escritores cristãos como Irineu, Tertuliano e Hipólito viam os gnósticos como deturpadores do Cristianismo. Os gnósticos desenvolveram muitas interpretações confusas da Bíblia, especialmente sobre a Criação e sobre o Evangelho de João. Na verdade, os escritores gnósticos Heráclito e Ptolomeu são os primeiros comentaristas conhecidos do quarto evangelho.

A indignação dos apologistas cristãos é bem sintetizada por Irineu quando compara o intérprete gnóstico a alguém que rasga uma bela pintura de um rei e depois a recompõe sob a forma de uma raposa. Esta é a maneira como Irineu sentia que os gnósticos tinham distorcido e degradado a fé cristã.

A despeito do ataque que sofriam, uma quantidade de gnósticos aparentemente continuava como membros das igrejas cristãs locais e alguns até mesmo atuavam nos cultos. Na realidade, o gnóstico Valentino foi considerado como candidato a bispo em Roma. Um outro membro de igreja, o gnóstico Marcion, reinterpretou Paulo de tal forma que o Deus do Velho Testamento se transformou no deus do mal e Cristo se tornou o mensageiro do bom Deus da graça. Muitas tendências gnósticas heréticas têm sido associadas a Marcion, que desenvolveu sua própria lista reduzida de livros aceitáveis do Novo Testamento. Suas atividades forçaram os cristãos a esclarecer seu próprio cânon da Bíblia.

O antigo historiador cristão Eusébio (morto em 339 DC) preservou partes de alguns dos primeiros livros perdidos de escritores cristãos contra a heresia. Essas citações preservadas propiciaram vislumbres da hostilidade dos cristãos contra os gnósticos como Marcion, Basilides, Tatian, Satornil, Dositheus e o assim chamado pai de todas as heresias, Simão, o feiticeiro.

Fonte: Ilúmina

sábado, 6 de fevereiro de 2010

JOÃO FERREIRA DE ALMEIDA

História

Entre a grande maioria dos evangélicos do Brasil, o nome João Ferreira de Almeida está intimamente ligado às Escrituras Sagradas. Afinal, é ele o tradutor (ainda que não o único) das duas versões da Bíblia mais usadas e apreciadas pelos evangélicos brasileiros: a Edição Revista e Corrigida e a Edição Revista e Atualizada, ambas distribuídas pela SBB. Se sua obra é largamente conhecida, o mesmo não se pode dizer a seu respeito. O que se sabe hoje da vida de Almeida está registrado na Dedicatória de um de seus livros e nas atas dos presbitérios de Igrejas Reformadas do Sudeste da Ásia, para as quais trabalhou como pastor, missionário e tradutor, durante a segunda metade do século XVII.

Nascido na cidade de Torres de Tavares, em Portugal, Almeida morreu em 1693 - na Batávia - atual ilha de Java, Indonésia. Com apenas 16 anos, João Ferreira de Almeida dá início à tarefa de tradução da Bíblia, a qual se dedica até o final de sua vida.

Princípios da Tradução

Os princípios que regem a tradução de Almeida são os da equivalência formal, que procura seguir a ordem das palavras que pertencem à mesma categoria gramatical do original. A linguagem utilizada é clássica e erudita. Em outras palavras, Almeida procurou reproduzir no texto traduzido os aspectos formais do texto bíblico em suas línguas originais (hebraico, aramaico e grego), tanto no que se refere ao vocabulário quanto à estrutura e aos demais aspectos gramaticais.
Diferenças entre as Versões

Tanto a edição Revista e Corrigida quanto a Revista e Atualizada foram constituídas a partir dos textos originais, traduzidos por João Ferreira de Almeida no século XVII. As pequenas diferenças entre uma e outra edição devem-se ao fato de os próprios originais em hebraico, aramaico e grego trazerem algumas variantes e suportarem mais de uma tradução correta para uma palavra ou versículo.
Porém, na essência as duas versões refletem o bom trabalho realizado por João Ferreira de Almeida, o qual foi completamente fiel aos textos originais das Escrituras Sagradas. Embora haja diferenças entre as duas versões, as passagens centrais da fé cristã - que apresentam Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador - são perfeitamente claras e concordantes em ambas.

Revista e Corrigida (RC)

A RC foi trazida para o Brasil pela Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira, em data anterior à fundação da SBB. Naquela época, a tradução de Almeida foi entregue a uma comissão de tradutores brasileiros, que foram incumbidos de tirar os lusitanismos do texto, dando a ele uma feição mais brasileira. Publicada em 1898, recebeu o nome de Revista e Corrigida.

Seguindo os princípios da equivalência formal, a RC é adotada por inúmeras denominações evangélicas em países de língua portuguesa, especialmente no Brasil e em Portugal. As diferenças desta edição para a Revista e Atualizada se dão basicamente no que se refere aos manuscritos originais disponíveis na época de Almeida. Descobertas arqueológicas e estudos de teólogos e historiadores em torno das Escrituras Sagradas tiveram grandes avanços desde o século XVIII até os dias de hoje. Tais documentos não existiam à época de Almeida. Dessa forma, a RC é a expressão dos textos originais com que Almeida trabalhou; não há nesta versão indicações de textos sobre os quais os diversos manuscritos bíblicos divergem.
Embora haja certas diferenças entre a RC e a RA, ambas têm seu valor como traduções fiéis da Palavra de Deus de acordo com os textos originais disponíveis na época de sua elaboração. Porém, não há diferenças entre os próprios manuscritos que deponham contra a mensagem central da Palavra de Deus.

Revista e Atualizada (RA)

Quando em 1948, a SBB foi fundada, uma nova revisão de Almeida, independente da Revista e Corrigida, foi encomendada a outra equipe de tradutores brasileiros. O resultado desse novo trabalho, publicado em 1956, é o que hoje conhecemos como a versão Revista e Atualizada.

Conservando as características principais da tradução de equivalência formal de Almeida, a RA é o resultado de mais de uma década de revisão e atualização teológica e lingüística da RC. Igualmente fiel aos textos originais, a linguagem da RA é viva, acessível, clara e nobre. Sua revisão foi feita à luz dos manuscritos bíblicos melhor preservados.

Em 1993, a RA passou por uma segunda revisão, afinando ainda mais o texto bíblico aos textos originais em hebraico, aramaico e grego.

Confrontando a tradução de Almeida, que resultou na versão Revista e Corrigida, com os novos manuscritos encontrados, os editores da RA decidiram indicar os textos em que um ou mais manuscritos não tinham consenso. Tais textos foram colocados entre colchetes, como é o caso da mulher adúltera, o qual permanece na Bíblia Sagrada por ser mencionado em grande número de manuscritos antigos e também por não contradizer em nada os demais ensinamentos das Escrituras Sagradas. É importante frisar que os textos-chaves das Escrituras Sagradas, os que dizem a respeito à salvação em Cristo Jesus, não apresentam qualquer tipo de dúvida.

FONTE: ILÚMINA

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

QUEM ERAM OS SACERDOTES?



Um nome genérico para o ministro de religião. O sacerdote sob a lei era, entre os hebreus, uma pessoa consagrada e ordenada de Deus para oferecer sacrifícios por seus próprios pecados e pelos do povo, Lv 4.5-6. O sacerdócio não foi anexado a uma certa família até depois da promulgação da lei de Moisés. Antes desse tempo, os primogênitos de cada família, os pais, os príncipes, os reis eram sacerdotes. Caim e Abel, Noé, Abraão, Jó, Abimeleque e Labão, Isaque e Jacó, ofereceram eles mesmos seus próprios sacrifícios. Na solenidade da aliança que o Senhor fez com seu povo aos pés do Monte Sinai, Moisés desempenhava o ofício de mediador, Êx 24.5-6; e rapazes eram escolhidos de entre os filhos de Israel para desempenhar o ofício de sacerdotes. Mas depois que o Senhor escolheu a tribo de Levi para servi-lo em seu tabernáculo, e o sacerdócio foi anexado à família de Aarão, então o direito de oferecer sacrifícios a Deus foi reservado apenas aos sacerdotes desta família. O Senhor ordenou, Nm 16.40, que nenhum estranho, que não fosse da descendência de Aarão, chegasse perto para oferecer incenso ao Senhor, que ele não poderia ser como Coré e sua congregação. A punição de Uzias é bem conhecida, 2Cr 26.19, que, tendo ousado oferecer incenso ao Senhor, foi repentinamente castigado com lepra, colocado fora de seu palácio, e excluído da administração dos negócios até o dia de sua morte. Entretanto, parece que, em certas ocasiões, os juízes e os reis dos hebreus ofereciam sacrifícios ao Senhor, especialmente antes de um local permanente de oração ter sido estabelecido em Jerusalém; pois em 1Sm 7.8, somos informados que Samuel, que não era sacerdote, ofereceu um cordeiro como holocausto ao Senhor; e em 1Sm 9.13, é dito que este profeta devia abençoar a oferta do povo, que parecia ser uma função atribuída aos sacerdotes; finalmente, 1Sm 16.5, ele vai a Belém, onde ele oferece um sacrifício na solenidade inaugural ou consagração de Davi. O próprio Saul ofereceu um holocausto ao Senhor, talvez enquanto rei de Israel, 1Sm 13.9-10. Elias também ofereceu um holocausto no Monte Carmelo, 1Re 18.33. Davi mesmo sacrificou, (pelo menos o texto assim o expressa,) na cerimônia de trazer a arca para Jerusalém, e na eira de Araúna, 2Sm 6.13. Salomão subiu ao altar de bronze que estava em Gibeom, e lá ofereceu sacrifícios, 2Cr 1.5. É verdade que as passagens acima são comumente explicadas supondo que estes soberanos ofereciam seus sacrifícios pelas mãos dos sacerdotes; mas o texto sagrado de forma nenhuma favorecerá tais explicações; e é muito natural imaginar que na qualidade de reis e chefes do povo, eles tinham o privilégio de realizar algumas funções sacerdotais, em algumas ocasiões extraordinárias; dessa forma vemos Davi vestido com o éfode sacerdotal, e consultando o Senhor; e em uma outra ocasião encontramos Davi e Salomão pronunciando bençãos solenes sobre o povo, 2Sm 6.18; 1Re 8.55. Tendo reservado Deus para si mesmo o primogênito de todo Israel, porque ele os preservou da mão do anjo destruidor no Egito, como troca ou compensação aceitou a tribo de Levi para o serviço do tabernáculo, Nm 3.41. Dos três filhos de Levi, Gérson, Coate, e Merari, o Senhor escolheu a família de Coate, e desta a casa de Aarão, para exercer as funções do sacerdócio. Todo o resto da família de Coate, até mesmo os filhos de Moisés e seus descendentes, permaneceram da ordem de simples levitas. Veja LEVITAS.

A posteridade dos filhos de Aarão, a saber, Eleazar e Itamar, Lv 10.1-5; 1Cr 24.1-2, tinha aumentado tanto em número no tempo de Davi, que eles foram divididos em vinte e quatro classes, que oficiavam uma semana por vez alternadamente. Dezesseis classes eram da família de Eleazar, e oito da família de Itamar. Cada classe obedecia seu próprio superior ou governante. A classe Jeoiaribe foi a primeira na ordem, e a classe Abias a oitava, 1Macabeus 2.1; Lc 1.5; 1Cr 24.3-19. Esta divisão do sacerdócio foi continuada como uma organização permanente depois do tempo de Davi, 2Cr 8.14; 31.2; 35.4-5. De fato, embora somente quatro classes retornaram do cativeiro, a distinção entre elas, e também os nomes antigos, ainda foram conservados, Es 2.36-39; Ne 7.39-42; 12.1.

Aarão, o sumo sacerdote, foi separado para seu ofício pelas mesmas cerimônias com que seus filhos sacerdotes foram, com esta exceção, que o primeiro foi vestido em suas vestes, e o azeite santo foi derramado sobre sua cabeça, Êx 29.5-9; Lv 8.2. As outras cerimônias foram como segue. Os sacerdotes, todos eles com seus corpos lavados, e vestidos em seus trajes próprios, reuniam diante do altar, onde um novilho, dois carneiros, pão ázimo, e coscorões de dois tipos em cestos, estavam à disposição. Quando eles colocavam suas mãos sobre a cabeça do novilho, ele era morto por Moisés como uma oferta pelo pecado. Ele tocava as pontas do altar com o sangue, derramava o restante em torno de sua base, e colocava as partes que deviam compor o sacrifício sobre seu topo. As partes restantes do animal eram todas queimadas fora do arraial, Êx 29.10-14; Lv 8.2-3, 14-17. De maneira semelhante eles colocavam suas mãos sobre a cabeça de um dos carneiros, que também era morto por Moisés para uma completa oferta queimada, o sangue era espargido em volta do altar, e as partes do carneiro eram separadas e queimadas sobre ele, Êx 29.15-18; Lv 8.18-21. O outro carneiro, quando os sacerdotes colocavam suas mãos sobre ele, era igualmente morto por Moisés para o sacrifício de consagração. Ele tocava com o sangue a ponta da orelha direita dos sacerdotes, o polegar da mão direita, e o dedão do pé direito. O resto do sangue ele derramava em parte sobre a base do altar, e uma parte ele misturava com o azeite consagrado, e espargia sobre os sacerdotes e suas vestes. Ele ungia o sumo sacerdote derramando uma profusão de azeite sobre sua cabeça; por isso ele é chamado o ungido, Lv 4.3, 5, 16; 6.15; Sl 133.2. Certas partes do sacrifício, a saber, a gordura, os rins, os quadris, o redenho sobre o fígado, e o ombro direito, também um bolo de pão ázimo, um bolo de pão azeitado, e um coscorão, eram colocadas por Moisés sobre as mãos dos sacerdotes, para que eles pudessem oferecê-las a Deus. Esta cerimônia era chamada “encher as mãos,” expressões que conformemente em várias passagens significam o mesmo que consagrar, Êx 32.29; Lv 16.32; 1Cr 29.5. Todas as partes que foram mencionadas como sendo colocadas nas mãos dos sacerdotes, eram finalmente queimadas sobre o altar. Esta cerimônia, que continuava por oito dias, para sempre separava os sacerdotes de todos os demais israelitas, não excetuando os levitas; de modo que não havia subseqüentemente nenhuma necessidade de mais consagração, nem para si mesmos nem para sua posteridade, Êx 29.35-37; Lv 10.7; Rm 1.1; Ef 3.3; At 13.2-3. Que as cerimônias de inauguração ou consagração, entretanto, eram praticadas a cada nova ascensão de um sumo sacerdote ao seu ofício, parece ser sugerido nas seguintes passagens, Êx 29.29; Lv 16.32; 21.10; Nm 20.26-28; 35.25.

Não era habitual aos sacerdotes usarem a veste sacerdotal exceto quando desempenhando seus deveres oficiais, Êx 28.4, 43; Ez 42.14; 44.19. A descrição da veste dos sacerdotes que é dada em Êx 28, é por algum propósito incompleta, como muitas coisas são deixadas em silêncio, aparentemente pela razão que elas eram naquela época suficientemente conhecidas, sem ser expressamente declaradas. Alguma informação adicional nos é comunicada por Josefo; mas a veste dos sacerdotes, como ele a descreve, pode ter sido em alguns aspectos de origem recente. Era como segue: 1. Uma espécie de calças estreitas, feitas de algodão ou linho, que eram amarradas em volta dos quadris, e estendidas abaixo de modo a cobrir as coxas, Lv 6.10; Ez 44.18. 2. Uma túnica de algodão que se prolongava, nos dias de Josefo, abaixo até os tornozelos. Era enfeitada de mangas, e fabricada toda de uma peça sem ser costurada, Êx 28.39, 41; 29.5; Jo 19.23. 3. O cinto. De acordo com Josefo era de um palmo de largura, entrelaçado de tal forma a exibir a aparência das medidas, e ornamentado com flores bordadas em púrpura, azul escuro, escarlate e branco. Era usado um pouco abaixo do peito, dando duas voltas no corpo, e amarrado com um laço na frente. As extremidades do cinto ficavam suspensas quase até o tornozelo. O sacerdote, quando ocupado com suas funções sagradas, a fim de impedir de ser obstruído por elas, jogava-as sobre seu ombro esquerdo, Êx 39.27-29. 4. A mitra ou a touca era originalmente afilada em sua forma, era alta, e amarrada sobre a cabeça, Êx 28.8, 40; 29.9; Lv 8.13. No tempo de Josefo a forma da mitra tinha se tornado um tanto alterada; era redonda, coberta de uma peça de linho fino, e colocada bem rente à parte superior da cabeça, (pois ela não cobria toda a cabeça,) para que ela não caísse quando o corpo se inclinasse. Os sacerdotes hebreus, como os do Egito e de outras nações, desempenhavam seus deveres sagrados descalços; um símbolo de reverência e veneração, Êx 3.5; Js 5.15.

Os sacerdotes ordinários serviam diretamente sobre o altar, ofereciam sacrifícios, matavam-nos e esfoliavam-nos, e derramavam o sangue ao pé do altar, 2Cr 29.34; 35.11. Eles mantinham um fogo perpétuo queimando sobre o altar de ofertas queimadas, e nos candelabros do castiçal de ouro que estavam no santuário; eles preparavam os pães da proposição, assava-os, e todo sábado eles eram trocados. Todo o dia, noite e manhã, um sacerdote designado através da sorte lançada no começo da semana, trazia ao santuário um incensário, e colocava-o sobre a mesa de ouro, de outra forma chamada o altar do incenso, Lc 1.9. Aos sacerdotes não era permitido que oferecessem incenso ao Senhor com fogo estranho, Lv 10.1, 2; isto é, com qualquer outro fogo diferente do que devia ser tirado do altar de ofertas queimadas. É bem conhecido com que severidade Deus puniu Nadabe e Abiú por terem falhado nisto. Aqueles que se dedicariam ao serviço perpétuo no templo eram bem recebidos, e eram mantidos pelas ofertas constantes e diárias, Dt 18.6-8. O Senhor não deu nenhuma terra de herança à tribo de Levi na distribuição da terra da promessa. Ele pretendia que eles fossem sustentados pelos dízimos, as primícias, as ofertas que eram feitas no templo, pela sua porção das ofertas pelo pecado, e ofertas de ação de graças que eram sacrificadas no templo, das quais certas partes eram reservadas aos sacerdotes. Eles tinham também uma parte na lã quando as ovelhas eram tosqueadas. Todo o primogênito, tanto de homens quanto de animais, pertencia ao Senhor, isto é, aos seus sacerdotes. Os homens eram resgatados pela soma de cinco siclos, Nm 18.15, 16. Os primogênitos dos animais impuros eram resgatados ou trocados, mas os animais limpos não eram resgatados; eles eram sacrificados ao Senhor, seu sangue era aspergido em volta do altar, e todo o resto pertencia ao sacerdote, Nm 18.17-19. Os primeiros frutos das árvores, Lv 19.23, 24, isto é, aqueles que apareciam no quarto ano, pertenciam também ao sacerdote. Eles davam também aos sacerdotes e levitas uma quantia da farinha que eles amassavam. Eles tinham a décima parte de todos os frutos da terra, e de todos os animais que eram apascentados sob a vara do pastor, Lv 27.31, 32. Deus também lhes proporcionou casas e acomodações, fixando-lhes quarenta e oito cidades para suas habitações, Nm 35.1-3. Nos arredores destas cidades eles possuíam até mil cúbitos além dos muros. Destas quarenta e oito cidades, seis eram marcadas para ser cidades de refúgio, para segurança daqueles que cometessem qualquer homicídio casual ou involuntário; os sacerdotes tinham treze destas por sua porção, e todas as outras pertenciam aos levitas, Js 21.19. Uma das principais atividades dos sacerdotes, depois de cuidar dos sacrifícios e do serviço do tabernáculo ou templo, era a instrução do povo e a decisão de controvérsias, distinguindo as várias espécies de lepra, as causas dos divórcios, as águas do ciúme, juramentos, todas as causas relativas à lei, as impurezas que eram contraídas de várias formas; todas estas coisas eram trazidas diante dos sacerdotes, Os 4.6; Ml 2.7, etc; Lv 13.14; Nm 5.14, 15. Eles publicamente abençoavam o povo em nome do Senhor. Em tempo de guerra sua ocupação era carregar a arca da aliança, para consultar o Senhor, fazer soar as trombetas santas, e encorajar e fazer um longo discurso ao exército.

O termo sacerdote é mais propriamente dado a Cristo, de quem os sumos sacerdotes sob a lei eram tipos e figuras, ele sendo o sumo sacerdote especialmente ordenado de Deus, que, pelo sacrifício de si mesmo, e por sua intercessão, abre o caminho para a reconciliação com Deus, Hb 8.17; 9.11-25. A palavra também é aplicada a todo crente genuíno que é capacitado a oferecer “sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo,” 1Pe 2.5; Ap 1.6. Mas é da mesma forma inadequadamente aplicada aos ministros cristãos, que não têm nenhum sacrifício a oferecer; a menos que, de fato, quando é considerada como contração de presbítero, que significa um ancião, e é o nome dado no Novo Testamento àqueles que eram nomeados ao ofício de ensino e governo na igreja de Deus.

FONTE: Richard Watson - Dicionário Bíblico e Teológico/Blog Arminianismo.com
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Jesus, deseja te salvar!

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Teologia em Alta

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