segunda-feira, 11 de julho de 2011

CURIOSIDADES TEOLÓGICAS - PARTE 2

DESERTO

Terra que é basicamente selvagem e pouco habitada ou inadequada para um assentamento humano. Pode ser um deserto, uma montanha ou um pântano.
No Oriente próximo o deserto é caracteristicamente seco, desolado e a maior parte é pedra e areia. É acidentado, irregular e é cortado por rios secos. O deserto não é completamente estéril, ele provê pastos sazonais para os rebanhos, dependendo da chuva.
Joel 2:22 declara que "os pastos do deserto reverdecem" e Salmo 65:12 diz que "destilam sobre as pastagens do deserto, e os outeiros se cingem de alegria". Mas Jeremias diz que "os pastos do deserto se secam" (Jeremias 23:10; Joel 1:20). Jó se refere ao deserto como uma terra onde nenhum ser humano pode viver (Jó 38:26); é um lugar para vários animais como pássaros, jumentos selvagens, chacais, urubus e corujas (Salmos 102:6; Jeremis 2:24; Isaías 13:22; 34:13-15).
Algumas regiões de deserto são identificada por nome relativo a uma cidade, pessoa ou evento. Hagar vagou pelo deserto de Berseba (Gênesis 21:14). No Êxodo do Egito, os Israelitas atravessaram os seguintes desertos: Sur (Êxodo 15:22), Etã (Números 33:8), Sim (Êxodo 16:1), Sinai (19:1-2), Zim (Números 13:21; 20:1), Parã (13:26), Cades (Salmos 29:8), Moabe (Deuteronômio 2:8) e Quedemote (2:26). Quando Davi estava fugindo de Saul, ele se escondeu na região montanhosa no deserto de Zife (1 Samuel 23:14-15), no deserto de Maom (23:24-25) e no deserto de En-Gedi (24:1).
Apesar da desolação comparativa do deserto, vilarejos ou cidades são algumas vezes associadas com um cenário de deserto. Josué 15:61-62 lista os nomes de seis cidades e seus vilarejos do deserto.
O deserto é associado tanto com tentação quanto com austeridade. Elias, por causa de seu estilo de vidas e de sua maneira de se vestir, é geralmente ligado ao deserto. Seu sucessor, Eliseu, ministrava em algumas ocasiões no deserto de Edom (2 Reis 3:4-27). Jesus, cheio do Espírito Santo, foi guiado pelo Espírito para o deserto por 40 dias. Lá ele foi tentado pelo diabo (Lucas 4:1-2), mas anjos também o ministraram (Marcos 1:13). Jesus usou o deserto como um lugar de oração e comunhão com o Pai (Lucas 5:16).


DOZE TRIBOS DE ISRAEL

As doze tribos de Israel são os descendentes dos doze filhos de Jacó: Ruben, Simeão, Levi, Judá, Zebulom, Issacar, Dã, Gade, Aser, Naftali, José e Benjamim. Jacó, cujo nome foi mudado para Israel (Gênesis 32:28, 49:2), abençoou seus doze filhos em Gênesis 49. A ordem em que falou deles é seguida abaixo.
Embora houvesse doze filhos, treze diferentes tribos são mencionadas na Escritura porque dois filhos de José, Efraim e Manassés, foram adotados e abençoados por Jacó em Gênesis 48:5. Assim, em vez de falar na "tribo de José", a Bíblia fala mais das tribos de Manassés e Efraim. No entanto há ocasiões quando a tribo de José é mencionada, como em Ezequiel 47:13 e Apocalipse 7:8.
A herança tribal era importante no Israel antigo. Exemplos no Novo Testamento incluem Jesus, cuja genealogia aparece em Mateus 1, e o apóstolo Paulo, que menciona ser da tribo de Benjamim. Ainda hoje no moderno Israel, há muitos judeus que se orgulham em identificar sua linhagem familiar e a qual tribo pertencem.
RUBEN
Tribo que descendeu de Ruben, o mais velho dos filhos de Jacó (Gênesis 29:32). A tribo de Ruben geralmente recebe o lugar de honra na lista das tribos, sendo nomeada em primeiro lugar (Números 13:4). Semelhantemente, nas listas de duas e meia tribos morando a leste do Jordão, Ruben é sempre mencionado primeiro (Josué 1:12), embora pareça que Gade recebeu uma porção de terra maior.
Por causa do pecado de Ruben (Gênesis 35:22), seu pai profetizou que sua proeminência entre seus irmãos desapareceria (Gênesis 49:4). A despeito da oração de Deuteronômio 33:6, esse desastre alcançou a tribo anos mais tarde. Nos dias do deserto, o chefe da tribo de Ruben aparece com todos os outros (Números 1:5) e um espia vai à frente de Ruben(Números 13:4) junto com o das outras tribos. Ruben tem seu lugar especial no acampamento e durante a marcha (Números 2:10). Somente os espias de Efraim (Josué) e de Judá (Calebe) são de confiança (14:6), mas Ruben aparece na mesma condição das tribos de seus irmãos: todas são iguais em desconfiança.
A revolta de Datã e Abirã, homens de Ruben, contra a autoridade de Moisés (Números 16:1) e possivelmente contra a posição especial de Levi pode ser significativa. Ruben pode estar clamando por sua velha primazia, penalizada pelo pecado (Gênesis 49:3-4). A tentativa falhou e o julgamento de Deus foi uma lição importante (Números 16:33).
Ruben era rico em manadas de bois (Números 32:1) e presumivelmente era uma tribo poderosa. Ruben, Gade e metade da tribo de Manassés pediram para ficar nas terras ricas em madeira e bem-irrigadas a leste do Jordão, conquistadas de Seom, o rei amorreu, e de Ogue, rei de Basã. Esse pedido egoísta ( porque envolveria não participar da dura luta através do Jordão) foi diretamente denunciada por Moisés. Entretanto, com a promessa das duas tribos e meia de sustentarem o maior peso da luta para seus irmãos no oeste, seu pedido foi atendido (32:20-22). Eles eram evidentemente bons soldados e Josué os mandou para casa no fim da campanha (Josué 22:1-6). Embora vivendo a leste do Jordão e separados de seus irmãos pelo que era na época um obstáculo natural insuperável, eles não tinham desejo de formar um estado independente. Mostraram isso construindo um grande altar memorial no ponto em que atravessaram o Jordão em seu caminho para casa (22:10).

DRAGÃO

Dragão é usado para descrever qualquer um dos inúmeros monstros do mar e da terra. No linguajar bíblico, "dragão" não se refere ao enorme e alado réptil do folclore europeu que solta fogo pelas ventas. Os tradutores da Bíblia usam essa palavra para significar "chacal" (Salmo 44:19; Isaías 13:22; Jeremias 9:11; Malaquias 1:3). A outra palavra traduzida como dragão é freqüentemente usada em relação a serpentes (Êxodo 7:9-12; Deuteronômio 32:33; Salmo 91:13). Em outras passagens é traduzida como "monstro marinho" (Gênesis 1:21; Jó 7:12; Salmo 148:7). A exata identidade de tais monstros era desconhecida.
Nas Escrituras, "dragão" tem significado figurado, especialmente nos livros proféticos. No Apocalipse, é símbolo de Satanás, o arquiinimigo de Deus e de Seu povo (Apocalipse 12:3-17; 13: 2, 4, 11: 16:13; 20:2).

EDOM

Edom fica num planalto ao sul e sudeste do Mar Morto na Palestina. Os edomitas são os descendentes de Edom que se estabeleceram lá. Edom significa vermelho e denota tanto o nome da terra como o nome de Esaú, filho de Isaque, que trocou um cozido avermelhado pelo direito de primogenitura. O nome de Esaú foi mudado para Edom nessa época (Gênesis 25:30). A nação de Edom era também conhecida como Seir (Gênesis 36:8).
GEOGRAFIA
O limite norte de Edom era o Wadi Zered, o "ribeiro dos salgueiros" (Isaías 15:7). Em algum ponto de sua história geológica a região assumiu uma altura considerável e penhascos de areia vermelha escura ficaram expostos pelo lado ocidental. Lá a terra cai abruptamente para o Arabah, a extremidade sul da profunda depressão em que estão o Mar Morto e o Vale do Jordão. O planalto de Edom se eleva a mais de 152m.
A leste, a encosta íngreme não tem menos que 122m, exceto ao norte. O deserto fica além e se estende para leste. A oeste, a terra se precipita num declive acentuado para o Arabah. O limite oeste de Edom variava de tempos em tempos. Era relativamente fácil acessar o sul de Judá nessa área e ataques edomitas a Judá aconteciam com freqüência.
A terra de Edom era no seu todo inóspita, embora houvesse áreas a nordeste que serviam para a agricultura. Lá manadas de animais podiam pastar. No entanto, a riqueza de Edom se originava no comércio das caravanas que vinham do sul e traziam mercadoria da índia e sul da Arábia para a costa do Mediterrâneo e Egito. A importante Estrada dos Reis (Números 21:22) passava por Edom em direção ao norte.
HISTÓRIA
Biblicamente, o nome Edom não aparece na genealogia de Gênesis 10. Ele aparece pela primeira vez na estória de Esaú em Gênesis 25:30. Esaú foi chamado Edom por causa da cor vermelha da sopa de legumes com que vendeu sua primogenitura a seu irmão Jacó. Em Gênesis 36 há referência a um reino edomita anterior ao aparecimento do reino israelita, embora seja possível que os chefes de Edom fossem chefes tribais ou que não pertencessem a dinastias como os juízes israelitas.
Parece que a terra foi ocupada principalmente por povos seminômades. Depois, assentamentos permanentes começaram a aparecer. O cântico de Moisés em Êxodo 15 se refere aos "príncipes de Edom". No tempo do Êxodo parece ter havido um reino de Edom (Números 20:14). Os israelitas contornaram Edom em sua viagem para a Terra prometida (Juízes 5:4).
No tempo do surgimento da monarquia israelita, Saul teve vitória sobre Edom (I Samuel 14:47). Doegue, o edomita, era o chefe dos pastores de Saul (I Samuel 21:7). No início do século X AC, Davi derrotou Edom no Vale do Sal e matou muitos edomitas (II Samuel 8:13). Depois disso, Davi colocou guarnições em Edom e subjugou-a (II Samuel 8:14). Não se sabe se Davi viu nesse povo uma ameaça militar ou se estava interessado nas minas de cobre que havia na terra e na riqueza potencial que escoaria com a passagem das caravanas através de Edom. As vitórias de Davi resultaram na fuga de um certo Hadade, que era "da casa real de Edom", para o Egito (I Reis 11:14-17), onde se casou com uma mulher da família real egípcia (I Reis 11:18-20). Quando Davi morreu, Hadade retornou a Edom, tornando-se rei. Isso parece significar que uma monarquia se desenvolveu em Edom no tempo de Davi. Salomão continuou a exercer influência sobre Edom.
Uma longa história de inimizade existiu entre Judá e Edom e vários homens de Deus profetizaram contra ela incluindo Isaías (11:14), Ezequiel (32:39), Joel (3:19); Amós (1: 11-12) e Malaquias (1:2-4). No século VI AC, Edom entrou num período de declínio e diversas cidades foram abandonadas.

continua...

Artigos extraídos da Ilúmina.

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