terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

A SEITA DO PRINCÍPIO DO CRISTIANISMO

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"Gnosticismo" é o nome dado a um grupo de idéias religiosas relacionadas que eram populares nos primórdios do Cristianismo. Em geral, os gnósticos dizem possuir conhecimento que outros não têm e enfatizam o conhecimento em detrimento da fé. (A palavra grega gnosis significa "conhecimento".)

Os pontos de vista dos estudiosos da Bíblia a respeito de Gnosticismo sofreram algumas mudanças. Até meados do século XX, o Gnosticismo era considerado uma heresia cristã. Isto é, pensava-se ser uma distorção do Cristianismo produzida pela combinação da experiência cristã com a filosofia grega. Mais recentemente, entretanto, muitos estudiosos começaram a definir Gnosticismo de modo mais amplo, como uma visão religiosa que absorvia idéias de muitas tradições religiosas, não somente do Cristianismo. Os gnósticos tomaram termos religiosos e práticas de outros e os modelaram em seus próprios mitos sobre salvação através do conhecimento.

O Gnosticismo teve seu ápice de popularidade no século II DC, fazendo maiores incursões na igreja cristã. Líderes cristãos ativos naquele tempo viam o Gnosticismo como uma ameaça e argumentaram fortemente contra ele. É mesmo possível que alguns dos livros do Novo Testamento, escritos no primeiro século DC, são em parte reações contra as primeiras crenças do tipo-gnósticas (embora alguns estudiosos não pensem assim).

A batalha cristã contra o Gnosticismo pode ser um lembrete para nós da nossa luta incessante contra o falso ensinamento. As idéias realmente interessam e as idéias religiosas que vão contra o ensino bíblico são perigosas para o bem-estar espiritual das pessoas. Devemos cuidar para que nossa fé se alinhe com a Bíblia. Devemos ajudar outros a entender a verdade e evitar atalhos religiosos.

GNOSTICISMO COMO HERESIA

Embora o Cristianismo não fosse a única religião da qual os gnósticos absorviam as idéias, era certamente uma das principais. Os primeiros pensadores cristãos se apressavam em reconhecer a natureza herética do Gnosticismo e a reagir a ele. No entanto, antes do século XX, a maioria da informação disponível sobre os gnósticos vinham dos primeiros escritores cristãos que condenavam os gnósticos (e no processo descreviam algumas das crenças e práticas).
Escritores cristãos como Irineu, Tertuliano e Hipólito viam os gnósticos como deturpadores do Cristianismo. Os gnósticos desenvolveram muitas interpretações confusas da Bíblia, especialmente sobre a Criação e sobre o Evangelho de João. Na verdade, os escritores gnósticos Heráclito e Ptolomeu são os primeiros comentaristas conhecidos do quarto evangelho.

A indignação dos apologistas cristãos é bem sintetizada por Irineu quando compara o intérprete gnóstico a alguém que rasga uma bela pintura de um rei e depois a recompõe sob a forma de uma raposa. Esta é a maneira como Irineu sentia que os gnósticos tinham distorcido e degradado a fé cristã.

A despeito do ataque que sofriam, uma quantidade de gnósticos aparentemente continuava como membros das igrejas cristãs locais e alguns até mesmo atuavam nos cultos. Na realidade, o gnóstico Valentino foi considerado como candidato a bispo em Roma. Um outro membro de igreja, o gnóstico Marcion, reinterpretou Paulo de tal forma que o Deus do Velho Testamento se transformou no deus do mal e Cristo se tornou o mensageiro do bom Deus da graça. Muitas tendências gnósticas heréticas têm sido associadas a Marcion, que desenvolveu sua própria lista reduzida de livros aceitáveis do Novo Testamento. Suas atividades forçaram os cristãos a esclarecer seu próprio cânon da Bíblia.

O antigo historiador cristão Eusébio (morto em 339 DC) preservou partes de alguns dos primeiros livros perdidos de escritores cristãos contra a heresia. Essas citações preservadas propiciaram vislumbres da hostilidade dos cristãos contra os gnósticos como Marcion, Basilides, Tatian, Satornil, Dositheus e o assim chamado pai de todas as heresias, Simão, o feiticeiro.

Fonte: Ilúmina

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