sábado, 6 de junho de 2009

CÉSARES, VISÃO GERAL

O que está implícito num nome? Como governante de uma nação, seu nome pode significar poder, prestígio, riquezas e honra. Na Rússia, o nome do governante foi durante um tempo "Czar". Na Alemanha, era "Kaiser". Roma chamava seu governante de "Caesar", do nome de Júlio César (100-44 AC). Doze Césares reinaram durante o período do Novo Testamento, mas somente seis deles vieram da linhagem de Júlio. Dentre os nomes citados no Novo Testamento, César Augusto decretou o censo que trouxe José e Maria a Belém antes do nascimento de Jesus (Lucas 2:1) e Tibério César reinou durante o tempo de João Batista (Lucas 3:1). O livro de Atos menciona Nero (Atos 25:11-12, 21).

IMPERADORES DA LINHAGEM DE CÉSAR

JÚLIO CÉSAR (100-44 AC)

Júlio tinha poderes imperiais, mas nunca teve o título de imperador. Roma foi uma república (na realidade, uma aristocracia) por quase quinhentos anos. Seus cidadãos odiavam a idéia de um monarca e Júlio César declinou do cargo para ser politicamente correto. Mas reinou como um ditador numa república que foi morta na prática se não em princípio. Esperando em vão revivê-la e temendo as ambições do império de César, um grupo de republicanos conspirou seu assassinato. César foi morto em 15 de março (44 AC), quando entrava no Senado Romano. Embora a conspiração tenha sido bem sucedida, seu propósito fracassou. Na guerra civil que se seguiu, seu sobrinho-neto Otaviano saiu-se vencedor e em 31 AC se tornou o primeiro imperador romano.

AUGUSTO (63 AC-14 DC)
Reinou de 31AC a 14 DC. Augusto, título que significa "aquele que é exaltado", foi dado a Otaviano, sobrinho-neto de Júlio César, em 27 AC.

Otaviano não possuía o brilhantismo militar de seu tio-avô, mas tinha talento para acabar com a rivalidade e manter a paz, o que o povo imediatamente apoiou. Durante seu reinado, a cultura romana gozou de um período de ouro, especialmente na arquitetura e na literatura. Augusto fundou a Guarda Pretoriana, a guarda de honra particular do imperador formada por nove mil soldados. Originalmente com a função de assegurar a posição do imperador, mais tarde essa guarda se tornou tão influente que podia independentemente depor ou eleger um imperador sem a confirmação do Senado.
O título Augusto reflete o costume de adoração do imperador parcialmente iniciado no reinado de Júlio César, que se autodeclarava "o deus invencível" e "o pai dos patriarcas".

Quando assumiu o trono, Augusto se dedicou a reorganizar seu império. Por causa do caos em que prevalecia nas províncias, encarregou-se de reestruturar a política econômica e financeira. Embora citado somente uma vez no Novo Testamento, César Augusto é famoso pelo censo que decretou em todas as províncias antes do nascimento de Jesus (Lucas 2:1). Há poucas informações sobre aquele censo, mas Lucas relatou que o primeiro censo aconteceu quando Jesus nasceu. O segundo ocorreu no ano 6 DC e resultou num levante instigado por Judas da Galiléia (Atos 5:37).

TIBÉRIO (42 AC-37 DC; reinou de 14 a 37 DC).

Tibério Cláudio Nero se tornou enteado de Otaviano aos quatro anos, quando sua mãe, Lívia, se divorciou de seu pai para se casar com o futuro imperador. Tibério foi feito co-regente de Augusto no ano 13 DC e o sucedeu no ano seguinte. Quando se tornou imperador, mudou seu nome para Tibério César Augusto.

Tibério não teve uma vida fácil. Forçado por seu padrasto, fez um mau casamento. O Senado Romano sempre se opunha a ele. Retirou-se para a ilha de Capri e deixou em seu lugar Sejano, um prefeito romano, que secretamente intentou matá-lo. Descoberta a tempo a conspiração, Tibério mandou executá-lo. A despeito disso, seu reinado foi marcado por sabedoria, inteligência, prudência e comprometimento. Continuou a política de seu predecessor de lutar pela paz e segurança. No ano 26 DC, presumivelmente antes de se afastar do governo, indicou Pôncio Pilatos para governador da Judéia. Reportando-se diretamente ao imperador, Pilatos poderia ser imediatamente afastado de suas funções se notícias de distúrbios ou reclamações feitas pelos judeus chegassem ao conhecimento de Tibério. Conseqüentemente, Pilatos desejou agradar as autoridades judaicas durante o julgamento de Jesus. Os judeus acusavam Jesus de se proclamar rei, o que implicava numa rivalidade com o imperador. Quando Pilatos julgou Jesus inocente da acusação e intentou libertá-lo (João 18:33-38), os judeus insistiram que não poderia fazer aquilo e permanecer amigo de César (João 19:12). Se absolvesse Jesus, eles insinuavam, ele se arriscava a perder o apreço do imperador. Por causa dos crimes cometidos contra os judeus, Pilatos sabia que eles poderiam cumprir sua ameaça, resultando na sua demissão. Assim, rendendo-se ao comando deles, condenou Jesus à crucificação.

Tibério César é mencionado somente uma vez no Novo Testamento. O Evangelho de Lucas afirma que João Batista começou seu ministério no 15º ano do reinado de Tibério César, quando Pôncio Pilatos era governador da Judéia (Lucas 3:1).

Depois desses, Roma teve ainda diversos imperadores que se destacaram e influenciaram na expansão do Cristianismo de várias maneiras. Dentre eles:

Calígula (12-41 AC; reinou de 37-41 DC);
Cláudio (10 AC - 54 DC, reinou de 41-54 DC);
Nero (37-68 DC, reinou de 54-68 DC);
Galba (3 AC-69 DC, reinou de 68-69 DC);
Vespasiano (9-79 DC, reinou de 69-79 DC);
Tito (39-81 DC, reinou de 79-81 DC);
Domício (51-96 DC, reinou de 81-96 DC);
Trajano (53-117 DC, reinou de 98-117DC);
Dioclécio (245-313 DC, reinou de 284-305DC);
Constantino, o Grande (272 ou 273-337 DC, reinou de 306-337DC).

ARTIGO EXTRAÍDO DA ILÚMINA

Um comentário:

  1. Júlio César não foi um imperador, o primeiro imperador romano, foi seu sobrinho-neto, César Otávio.

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