segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

CONCÍLIO DE CONSTANTINOPLA II, EM 553 - COMO FOI - Por André Rodrigues




Constantinopla II – (05/05 a 02/07 de 553) Alguns cismas houveram neste concílio. Entretanto, a condenação dos nestorianos (Nestorianismo - [Do lat. Nestorianismus] Heresia pregada por Nestório, patriarca de Constantinopla. O cerne desta doutrina era a não admissão da união hipostática das duas naturezas em Jesus Cristo: a divina e a humana), Teodoro de Mopsuéstia, Teodoro de Cirilo e Ibas de Edessa (Três Capítulos), foi talvez o principal assunto. “Não há senão uma única hipóstase [ou pessoa], que é nosso Senhor Jesus Cristo, um na Trindade... Aquele que foi crucificado na carne, nosso Senhor Jesus Cristo, é Verdadeiro Deus, Senhor da Glória e Um na Trindade”. (DS 424).


“Toda a economia divina é obra comum das três pessoas divinas. Pois da mesma forma que a Trindade não tem senão uma única e mesma natureza, assim também, não tem senão uma única e mesma operação”. (DS 421).

“Um Deus e Pai do qual são todas as coisas, um Senhor Jesus Cristo para quem são todas as coisas, um Espírito Santo em quem são todas as coisas”. (DS 421).

O Concílio de Constantinopla II em 553, reuniu forças para a explicação da encarnação de Cristo. 

Seguremos a tradição de considerar Leôncio de Bizâncio a pessoa que conduziu a Grande Igreja em direção à solução no Segundo Concílio de Constantinopla em 553. Os neocalcedônios queriam encontrar o acordo para os antioquenos moderados (diofisistas) e os alexandrinos moderados (monofisistas) e, ao mesmo tempo, rejeitar as alas radicais dos dois partidos. O caminho para a linguagem de Calcedônia como se fosse “talhada em pedra” e, ao mesmo tempo, interpretá-la de tal maneira que a natureza humana de Cristo fosse encarada como real e genuína sem lhe atribuir qualquer existência independente do Logos. Em outras palavras, todas as categorias conhecidas da existência (physis,ousia) e personalidade (prosopon, hypostasis) precisavam transcender em um salto conceitual para uma nova categoria.


A solução proposta por Leôncio não era uma contribuição para a fé nicena conforme interpretada em Calcedônia. Tudo que envolve enipostasia (Enipôstase – Termo grego usado para explicar a encarnação da divindade num ser humano. Segundo esta doutrina, a encarnação de Cristo foi completa, incluindo todos os atributos comunicáveis e incomunicáveis da Segunda Pessoa da Trindade), é uma interpretação da cristologia calcedônia que ajuda vencer as fortes objeções levantadas pelos alexandrinos e pelos antioquenos, embora os defensores mais obstinados dos dois partidos tenham se recusado a ceder e a aceitá-la. O mais importante é que nem Leôncio, nem Justiniano, nem o Segundo Concílio de Constantinopla em 553 considerou que essa solução iria além de Calcedônia, em qualquer detalhe. 




BIBLIOGRAFIA: História da Teologia Cristã Roger Olson Ed. Vida

Dicionário Teológico Claudionor Corrêia de Andrade CPAD
Dicionário de Aurélio B. H. F. (edição virtual)

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