BEZERRO, עגל.
O filhote da espécie do boi. Há menção freqüente na Escritura de
bezerros, porque comumente se faziam uso deles nos sacrifícios. O “bezerro cevado,”
mencionado em vários lugares, como em 1Sm 28.24, e Lc 15.23, era
engordado em estábulo, com especial referência a um festival particular
ou sacrifício extraordinário. Os “novilhos dos nossos lábios,”
mencionados em Os 14.2, significam os sacrifícios de louvor que os
cativos da Babilônia dedicavam a Deus, não estando mais em condições de
oferecer sacrifícios em seu templo. A Septuaginta traduz como “frutos dos lábios;” e sua leitura é seguida pela Síriaca, e pelo apóstolo aos Hb 13.15.
O “bezerro de ouro”
foi um ídolo construído e adorado pelos israelitas ao pé do monte Sinai
em sua passagem pelo deserto em direção à terra de Canaã. Tendo sido
conduzidos através do deserto por uma coluna de nuvem e fogo, que os
antecedia em suas marchas, enquanto Moisés estava recebendo os comandos
divinos, essa nuvem cobria a montanha, e eles provavelmente imaginaram
que ela não seria mais seu guia; e, por essa razão, pediram a Aarão que
fizesse para eles um sinal ou símbolo sagrado, como outras nações
tinham, que poderia visivelmente representar Deus. Com este pedido,
submetido de uma maneira tumultuada e ameaçadora, Aarão, em um momento
de fraqueza, concordou. Supõe-se que a imagem assim formada era como o
deus egípcio, Ápis, que era um boi, um animal usado na agricultura, e
dessa forma um símbolo do Deus que presidia sobre seus campos, ou do
poder produtivo da Deidade. Os meios pelos quais Moisés reduziu a pó o
bezerro de ouro, de modo que quando misturou com água ele fez o povo
bebê-lo, em sinal de desprezo, tem confundido os comentaristas. Alguns
entendem que ele fez isto por um processo químico, bem conhecido na
época, mas que agora é um segredo; outros, que ele bateu nele até virar
uma chapa fina de ouro, e então separou esta em partes tão finas que
ficou facilmente bebível; outros, que ele o reduziu por limagem.
O
registro nos conta que ele tomou o bezerro, queimou-o até que se tornou
em pó, e misturou o pó com água; do qual é provável, como muitos
escritores judeus têm pensado, que o bezerro não era totalmente feito de
ouro, mas de madeira, coberto com uma profusão de ornamentos de ouro
fundido e moldado para a ocasião. Por esta razão ele obteve o epíteto
dourado, como depois alguns ornamentos do templo foram chamados, que,
sabemos, eram somente revestidos com ouro. Nesse caso seria suficiente
reduzir a madeira a pó no fogo, que também pretejaria e deformaria os
ornamentos dourados; mas não há nenhuma necessidade de supor que eles
também foram reduzidos a pó. É evidente da proclamação de Aarão para se
fazer um jejum a Jeová, Êx 32.4, e da adoração dos bezerros de Jeroboão
sendo tão expressamente distintos dos de Baal, 2Re 10.28-31, que tanto
Aarão quanto Jeroboão pretendiam que os bezerros que eles formaram e
construíram para adoração fossem símbolos de Jeová. Não obstante, o
salmista inspirado fala do bezerro de Aarão com extrema aversão, e
declara que, ao adorá-lo, eles esqueceram de Deus seu Salvador, (veja
1Co 10.9,) que tinha feito tantos milagres para eles, e que por este
crime Deus ameaçou destrui-los, Sl 106.19-24; Êx 32.10; e Santo Estevão o
denomina claramente εἴδωλον, um ídolo,
At 7.41. Quanto a Jeroboão, depois que ele, por razões políticas, 1Re
12.27, e outros, criou um cisma na igreja judaica, e fabricou dois
bezerros em Dã e Betel, como objetos de adoração, dificilmente ele é
mencionado na Escrituras a não ser com um estigma particular que o
marcou: “Jeroboão, filho de Nebate, que fez pecar a Israel.”
ARTIGO EXTRAÍDO DE ARMINIANISMO.COM http://www.arminianismo.com/index.php?option=com_content&view=article&id=130:bezerro&catid=161&Itemid=41
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