quinta-feira, 2 de agosto de 2012

A MANIFESTAÇÃO DA UNÇÃO - Por André Rodrigues


 

 
 Uma vez definida a diferença das aplicações dos termos Cristo e Messias, e estando cientes de que ambas as palavras significam Ungido nos diferentes idiomas, convém apenas mostrar a importância atribuída à unção nos principais ofícios veterotestamentários, bem como nos objetos sagrados usados no serviço cultual para Deus. Sabemos que o Antigo Testamento apenas apontava para um futuro no qual os fatos seriam perfeitamente concretizados. Sendo assim, vamos analisar os variados aspectos da unção relacionados à pessoa de Jesus, principalmente o referente ao Seu ministério messiânico.
 O derramamento ou simplesmente a aspersão do azeite sobre uma pessoa ou objeto era um costume muito antigo nas práticas de diversas culturas. Fora de Israel, por exemplo, diz Champlim que: “[...] o azeite, uma substância empregada na cozinha, na iluminação, nas lavagens [...], na medicina ou na cosmetologia, também era e continua sendo empregado nos ritos religiosos” (1995, vol. 4, p. 241). É curioso notar que há uma diversidade de usos importantes do azeite e uma estreita relação com a religiosidade neles. Champlin destaca ainda a importância do azeite:


[...] Talvez a sua associação às curas tem sido o grande motivo que levou o azeite a ser usado nas unções dos enfermos. O Dicionário Clássico de Oxford informa-nos que o uso cúltico do azeite é uma das mais antigas práticas de que os homens têm notícia.
 Sabe-se que as estátuas dos deuses eram ungidas no Egito, na Babilônia, em Roma e em outros países da antiguidade. O azeite era usado nas purificações rituais. [...] Talvez a unção fosse praticada no caso dos reis por que esse ofício era mesclado com o do sacerdócio, perfazendo assim uma espécie de sinal divino das funções reais, tendo em vista interesses tanto políticos quanto religiosos. O uso da unção, quando da consagração dos sacerdotes, era uma prática comum em muitas das culturas antigas (IBIDEM).